domingo, 22 de março de 2009

Eu posso ter direitos, sim!


Eu tenho direito de ficar triste. Eu tenho direito de ficar mal, não sair do quarto e fazer a minha prece dentro dele. Eu tenho direito de me rebelar, de sair por aí gritando a todos que a minha vida não é tão fácil assim como os imprestáveis gostam de contar. Eu posso sim correr desnorteadamente pela avenida principal seminua mostrando a todos os meus defeitos que se escondem pela calça jeans; mostrar o que me faz uma mulher de verdade em vez de uma boneca de plástico preenchida devidamente, se é que eu posso dizer assim, em cada lugar, pronta para satisfazer os desejos humanos – insensíveis!
Quisera eu surfar sobre aspargos e ainda assim continuar contente. Caso fizesse isso não seria eu. Você conhece alguma outra por aí?
Eu posso sim rejeitar convites, passar horas no computador procurando por uma palavra chave – aquela que dará vida ao meu texto – e ainda assim ser uma pessoa sociável. Posso dedicar-me horas a uma tese, escrever linhas de tesão, jogando palavras ao vento, redigindo bagatelas, é vago. Sem valor. Desprezível. Mas eu posso, eu posso estar em contato e tocar profundamente, mas a sociedade me priva. Sou um ser privado.

4 comentários:

Carlos Eduardo disse...

SIm,
você pode fazer tudo isso.
Assim como eu também tenho o direito de usar drogas, o direito ao sexo com quem eu bem entender, o direito de manipular quem eu quiser.

DESDE QUE nós tenhamos consciências dos nossos atos, está tudo bem!






http://putoanonimo.blogspot.com

kilder disse...

todos temos direitos, mas deveres tbm!!!! gostei da franqueza do texto.

t+

Ricardo Busquet disse...

Textos bem legais, Eloá ;D

Míryan Perdomo disse...

Tem direitos de ser quem você quiser, de fazer o que quiser, de vender o que quiser (Godzilla da Páscoa), enfim, você sabe que pode tudo né? Basta usar na sua vida a mesma força que usou nas palavras desse texto.

ps: meu comentário merda finalmente saiu.